A AHETA propõe que Governo e Iniciativa Privada elaborem, com base num processo de concertação, um conjunto de Orientações Estratégicas destinadas às actividades que integram a Economia do Turismo.

Trata-se de, na transversalidade da economia do turismo, criar orientações que permitam estabelecer os Planos, os Programas e as Acções que se venham a revelar necessárias e adequadas ao desenvolvimento competitivo da actividade turística portuguesa em geral e do Algarve em particular.

Para a AHETA, o que está em causa é sermos capazes de ultrapassar a visão estatizante do PENT de 2007, ultrapassado desde a sua criação e, sobretudo, após a crise de 2008.

Sem prejuízo de outras que venham a ser consideradas importantes, e no que à actividade turística diz respeito, a AHETA considera urgente definir, desde já, as seguintes orientações estratégicas:

  • Prioridade às actividades turísticas em função do seu contributo para a Balança de Pagamentos e consequências a nível da transversalidade, (Fiscalidade e Custos de Contexto, entre outros);
  • Reconhecimento da realidade da concentração e dispersão da procura e oferta de turismo, com destaque para as áreas de influência dos aeroportos de Faro, Lisboa e Porto;
  • Condições de produtividade e rentabilidade das empresas, por via de uma intervenção pública transversal e coerente;
  • Qualificação da oferta pública de turismo, desde o território à envolvente dos empreendimentos turísticos, (indispensável para a sustentabilidade ambiental da oferta);
  • Desestatização da promoção turística, através da concertação com a iniciativa privada a todos os níveis, (separação da valorização de marcas e destinos regionais a cargo do Turismo de Portugal), e o marketing & vendas (a cargo das empresas); e
  • Despolitização, despartidarização e desregionalização das Entidades Regionais de Turismo.

Depois da crise de 2008, a actual revisão do PENT é mais o resultado de uma inércia política e administrativa do que a Reforma do Estado que o país e a economia do turismo precisam.

A AHETA não se opõe ao facto do Turismo de Portugal ter um Plano Estratégico, mas recusa confundir esse Plano com a Economia do Turismo.