Secretário de Estado do Turismo Visita a AHETA

Secretário de Estado do Turismo Visita a AHETA

Na passada semana, Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, visitou a Aheta. Na ocasião, teve lugar uma reunião de trabalho com os corpos socias da associação, seguida de visitas a unidades hoteleiras onde o destaque foi para a renovação e reabilitação de unidades, sustentabilidade e dessalinizadoras.

O Secretário de Estado teve a oportunidade de conhecer, in loco, unidades hoteleiras em fase de construção com elevados níveis de sustentabilidade, quer hídrica quer energética e discutir o tema da utilização de dessalinizadoras em empreendimentos turísticos.

Foram assim estabelecidas formas de trabalho futuro entre a associação e o responsável máximo da tutela, tendo ficado um canal aberto de cooperação entre ambas as partes.

Mais duas empresas no Edifício AHETA

Mais duas empresas no Edifício AHETA

Com a assinatura dos respetivos contratos, iniciaram a sua atividade, integradas no edifício sede da AHETA, mais duas empresas.
A CD Viagens uma agência de viagens que opera no online e também no atendimento direto ao público e a Simple2work, uma empresa de consultadoria, formação e auditoria na área de qualidade, ambiente, segurança e segurança alimentar.
Estas empresas beneficiam do sistema de co-working, utilizando todas as facilidades disponíveis no edifício.
O edifício sede da AHETA ainda tem três gabinetes disponíveis, para a instalação de empresas, os quais poderão ser utilizados a partir de setembro do corrente ano.

Notas sobre o novo Governo de Portugal

Nota de Imprensa

Através da comunicação social, tivemos conhecimento da composição do novo governo que irá governar o país nos próximos quatros anos e meio.

Numa primeira análise, em relação aos futuros ministros registámos a saída do competente ministro Siza Vieira, profundo conhecedor das empresas e do turismo, e que desenvolveu um bom trabalho no governo anterior.

Não encontrámos ainda, entre os ministros apresentados, ninguém com profunda sensibilidade para um sector da economia que tanto contribui para o PIB nacional, gerando postos de trabalho, receitas, internacionalização do país e sendo tão importante para o reforço da imagem do país.

Por outro lado, registámos negativamente, entre a orgânica dos secretários de Estado a perda enorme da importância do turismo, ao passar a ter uma secretaria de estado partilhada com o comercio e serviços.

Ao conhecermos os nomes apontados para as diferentes secretarias de estado constatámos a continuidade da Engª Rita Marques na nova secretaria de estado, com quem tivemos o prazer de trabalhar nos últimos tempos, pelo que essa é a nossa única réstia de esperança que o setor possa ter uma interlocutora disponível, para continuarmos a trabalhar em prol da recuperação de um setor que tão afetado foi, no período de pandemia e que necessita de todas as forças focadas na ultrapassagem de barreiras, que possam provocar constrangimentos às empresas na nossa luta diária, em busca do sucesso. Perante a nova orgânica desta secretaria de estado é importante o reforço do posicionamento da Engª Rita Marques, dentro do governo.

Ainda gostaríamos de realçar a expectativa do desempenho do novo ministro, em relação à área do turismo, a exemplo do sucedido com o anterior titular da pasta.

De notar também, a não existência de nenhum nome do Algarve, em qualquer dos cargos de ministros e secretários de estado, o que revela uma clara perda de influência da nossa região, pese embora o bom desempenho de anteriores membros do governo, oriundos da nossa região.

Tal como em muitas outras áreas, poderemos dizer que este é um governo de metade do país!   A direção da AHETA

Nota de Imprensa

A AHETA considera que as medidas anunciadas pelo governo, no âmbito do novo confinamento, são desajustadas, ineficazes e insuficientes

O governo persiste em continuar a ignorar a especificidade da actividade turística em geral e do Algarve em particular, tomando medidas que não se enquadram nem vão de encontro às reais necessidades das empresas do sector.

O governo impõe, por um lado, medidas restritivas ao funcionamento dos hotéis e empreendimentos turísticos, como o encerramento parcial dos restaurantes e bares, obrigados a funcionar em regime de “room service”, restrições à circulação de pessoas, etc. e, por outro, continua a insistir que as empresas hoteleiras e turísticas iniciaram a retoma progressiva em Julho/ Agosto do ano passado.

O layoff simplificado, por exemplo, só é aplicável às empresas obrigadas a encerrar por imposição legal, deixando os hotéis à margem destes apoios, na medida em que têm enormes dificuldades em provar as quebras de facturação homólogas, já que os meses comparativos registaram receitas muito baixas.

Neste contexto, mandam as mais elementares regras de justiça, o bom senso e o interesse público que o layoff simplificado seja de imediato alargado ao sector do alojamento turístico, uma vez que os empreendimentos suportam, no actual quadro, (Apoios à Retoma Progressiva), uma parte importante dos salários dos trabalhadores e 50% da TSU.

A AHETA recorda que a actividade turística do Algarve se encontra praticamente inactiva desde Outubro de 2019, ou seja, mais de 15 meses, indo manter-se por um período incerto, mas que antecipamos muito prolongado.

As medidas agora aprovadas ignoram a realidade dos hotéis e empreendimentos turísticos, uma vez que não permitem o acesso do sector hoteleiro e turístico ao layoff simplificado e, por essa via, à suspensão dos contratos de trabalho e isenção da Taxa Social Única (TSU), forçando as empresas à extinção de postos de trabalho.

O Governo considera que o sector económico mais afectado do País já se encontra na fase da retoma, relegando-o para o estafado Programa de Apoio à Retoma Progressiva (ARP), esquecendo que, por estarmos em plena época baixa, não é possível apresentar reduções de faturação homólogas suficientes para requerer a redução do Período Normal de Trabalho (PNT) a 100%, incluindo a isenção da TSU, impedindo o acesso, por um lado, das pequenas e médias empresas a estes incentivos e, por outro, as grandes empresas com mais de 250 trabalhadores.

O acesso às linhas de crédito, por outro lado, encontram-se muito condicionadas pelas entidades financeiras (Bancos), confrontadas com moratórias obrigatórias e muito prolongadas dos empréstimos concedidos, bem como com os elevados níveis de endividamento das empresas turísticas, impedidas de realizar receitas por falta de procura.

E isto porque os investimentos hoteleiros e turísticos se caracterizam por ser de capital intensivo e, por conseguinte, de rentabilização a longo prazo, estando sustentados em capitais alheios e outras soluções de financiamento, pelo que o impacto da crise pandémica na tesouraria das empresas é muito superior a outros sectores da actividade económica e empresarial.

Para a AHETA está em causa a necessidade urgente e imediata de apoios financeiros directos e consistentes ao sector empresarial do turismo, consubstanciados em subvenções a fundo perdido, quer para a recapitalização de empresas viáveis, convertendo dívida em capital social, quer através da injecção de fluxos financeiros para fortalecer a robustez do cash flow das empresas hoteleiras e turísticas.

O governo não pode querer tratar uma doença crónica com aspirinas. Uma doença grave e prolongada, como a Covid-19, não se cura com tratamentos de curta duração. O governo não pode continuar a anunciar medidas para três meses quando o problema, todos o sabemos, não só dura há quase um ano, como vai continuar por um período bastante longo, pelo menos no que às consequências da pandemia diz respeito.

Sem estes apoios, muitas empresas irão colapsar e as restantes estarão demasiado débeis e frágeis para responder aos desafios competitivos na fase de retoma, na medida em que se encontrarão descapitalizadas e terão perdido activos preciosos, como recursos humanos qualificados, know how de gestão, conhecimento dos circuitos turísticos, etc.

Os apoios agora anunciados pelo governo não só não irão resolver os problemas de um sector mergulhado numa crise profunda, como irão contribuir, decisivamente, para acentuar ainda mais as debilidades existentes, com reflexos no aumento do número de insolvências e do desemprego.

Algarve com o pior ano turístico desde que há registo

Algarve com o pior ano turístico desde que há registo

Nota de Imprensa

O Algarve registou, em 2020, o pior ano turístico desde que há memória, quer em termos de taxas de ocupação, quer no respeitante a resultados económicos e empresariais.

O volume de negócios caiu mais de 800 milhões de euros durante o ano, (-65,1%), resultante de quebras na procura dos principais mercados emissores externos, (-75,1%), enquanto o mercado interno, apesar do aumento de procura nos meses de Verão, terminou o ano com menos 1,1 milhões de dormidas e 335 mil hóspedes, (-21,2%).

Assim sendo, a taxa de ocupação global média registada atingiu os 27,7% em 2020, o correspondente a 8,7 milhões de dormidas, o pior registo de sempre. Recorda-se que o Algarve, em 2019, teve uma ocupação média de 63,2%, ou seja, mais de 24 milhões de dormidas.

As dormidas totais baixaram 15,3 milhões (-63,6%), das quais 14,2 milhões de turistas estrangeiros (-75,1%), com especial destaque para o Reino Unido (-83,2%) que, neste período, registou uma descida de 6 milhões de dormidas e 1,1 milhões de hóspedes. Todos os mercados registaram baixas muito acentuadas.

A Alemanha apresentou uma quebra de 68,8%, correspondendo a menos 1,65 milhões de dormidas e 270 mil hóspedes, enquanto a Holanda desceu 54,7% (0,8 milhões de dormidas e 102 mil hóspedes) e a Irlanda baixou 90%, ou seja, menos 1,3 milhões de dormidas e 227 mil hóspedes, para citar apenas os mercados externos mais importantes.

Nestes termos, estima-se que os bens transaccionáveis gerados pelo turismo do Algarve tenham diminuído, este ano, mais de 5 mil milhões de euros. Acresce que a rubrica viagens e turismo do Banco de Portugal (BdP) apresenta, em 2020, uma redução da ordem dos 10 mil milhões de euros de bens transaccionáveis.

Ocupação Quarto no Algarve. Evolução mensal
Ocupação Quarto e Cama no Algarve. Evolução anual

O impacto económico e social destas realidades nas empresas hoteleiras e turísticas regionais traduz-se, concretamente, numa elevada descapitalização e numa crise de tesouraria sem precedentes, ambas agravadas pelo agudizar da crise pandémica em todo o mundo, designadamente nos países de origem dos turistas, bem como à falta de apoios específicos consistentes à economia do turismo e aos seus agentes principais – as empresas.

Neste contexto, a sobrevivência das empresas hoteleiras e turísticas do Algarve vai depender, fundamentalmente, das condições fiscais e financeiras criadas pelo governo, visando manter os níveis competitivos na fase de retoma, tendo em vista evitar o colapso empresarial do sector do turismo no Algarve.

Sem apoios consistentes, a recuperação económica do turismo e do Algarve estão comprometidos, na medida em que colocam em causa os activos mais valiosos da actividade turística regional, designadamente o know how acumulado durante décadas, consubstanciado em competências de gestão, para além da necessidade em manter e preservar recursos humanos de qualidade, conhecimento dos canais de comercialização e distribuição de férias, assim como todo o circuito que envolve o negócio turístico, etc.

Para responder eficazmente aos desafios competitivos na fase de retoma, precisamos de empresas hoteleiras e turísticas saudáveis, competentes e sólidas. Empresas débeis e frágeis não serão competitivas, tanto mais que o turismo é o sector económico mais globalizado em todo o mundo e, por conseguinte, também o mais competitivo.

A AHETA reitera que, caso a situação e os efeitos/impacto da pandemia se prolongarem, vamos assistir ao colapso de muitas empresas turísticas do Algarve pelo que é fundamental serem revistas e tomadas novas medidas de apoio, “no imediato e com urgência”, para prevenir e/ou impedir que tal venha a acontecer.

Perspectivamos que a retoma, apesar de gradual e muito demorada, poderá ocorrer já a partir da próxima época turística, embora se mantenham os principais factores de incerteza que vêm condicionando a recuperação da actividade, especialmente no que se refere ao comportamento do transporte aéreo, canais de comercialização e distribuição, operadores associados à intermediação e, sobretudo, o evoluir da pandemia e as restrições impostas pelos países de origem dos turistas.

Albufeira, 12 de Janeiro de 2021
A Direcção

Nota de Imprensa – Covid-19 – Medidas adotadas pelo Governo são insificientes

AHETA, face à dimensão da tragédia do Coronavírus, considera as medidas aprovadas pelo governo insuficientes e desajustadas e, os atrasos na sua implementação, um bloqueio para as empresas

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Apesar de considerar que as medidas anunciadas pelo governo para apoiar as empresas vão na direcção correcta, a verdade é que as mesmas são insuficientes e desajustadas, face à dimensão da tragédia e ao impacto desta na economia do turismo e nas empresas hoteleiras e turísticas.

Os estabelecimentos hoteleiros e turísticos já encerraram e/ou preparam-se para encerrar portas sine die, face à quebra abrupta das procuras turísticas e à paragem total do negócio à escala mundial.

A redução de custos é, neste contexto, uma obrigação incontornável para as empresas, assim como a extinção, mesmo que temporária, dos postos de trabalho.

Neste sentido, o chamado lay-off simplificado, deve ser entendido apenas como uma solução de curto prazo, não servindo as necessidades da crise profunda que se antecipa longa e duradoura. Assim, propõe-se:

O Estado deve assumir os 66% respeitantes aos custos dos trabalhadores das empresas e dos estabelecimentos encerrados total ou parcialmente, libertando as empresas de um custo fixo elevado, comprometendo-se estas a manter os postos de trabalho, aquando da reabertura dos empreendimentos e a retoma da actividade.

A situação só ainda não é mais grave, neste momento, porque as empresas anteciparam férias e recuperações. Porém, à medida que estas vão terminando, os postos de trabalho serão extintos e os despedimentos colectivos uma fatalidade que é necessário evitar a todo o custo.

Por outro lado, e no que às linhas de crédito diz respeito, é preciso termos bem presente que os empréstimos não são subsídios, mas antes dívidas que terão de ser pagas num futuro próximo. Nesta matéria, sobressaem duas situações:

  • As taxas de juro cobradas pela banca, incluindo as garantias, são superiores a 2,5%, podendo atingir valores de mais de 3%, o que no actual contexto é insuportável para as empresas.

 Nestes termos, propõe-se que o Turismo de Portugal assuma o papel de Instituição Financeira, que já foi no passado, substituindo-se à banca na concessão de empréstimos à actividade empresarial hoteleira e turística.

  • Permitir que as empresas com dívidas fiscais ainda não regularizadas, o possam fazer, através da prestação de garantias patrimoniais evidentes, mesmo quando estes patrimónios tenham sido objecto de penhoras anteriores, bancárias ou outras.

Existem muitas empresas que, apesar de se encontrarem em fase de regularização com a Autoridade Tributária, ainda não finalizaram os respectivos acordos, impedindo-as de recorrer aos mecanismos de apoio aprovados (linhas de créditos, lay-off simplificado, etc.)

A questão que envolve o pagamento de contribuições e impostos vai para além do diferimento. Assim sendo, atendendo a que a recuperação da actividade turística será lenta, justifica-se a isenção temporária de algumas contribuições e outros impostos, designadamente no que se refere à Segurança Social, Pagamento Especial por Conta, IMI, etc.

Para a AHETA, o governo deve ser mais ousado nas acções e medidas que visem esbater os efeitos negativos de uma crise sem paralelo, seguindo os exemplos de outros estados membros da União Europeia, dotando as empresas de mecanismos que evitem um colapso económico sem precedentes, de forma a permitir a sua recuperação rápida e eficiente na fase de retoma das economias turísticas mundiais.

A AHETA apela ainda aos portugueses que programaram férias no Algarve durante o período da Páscoa ou que pretendam deslocar-se para segundas habitações na Região, para permanecerem nas suas residências habituais, seguindo as recomendações das autoridades de saúde e evitando, deste modo, maiores constrangimentos sociais e sanitários.

A Direcção