Os empresários hoteleiros e turísticos e os algarvios em geral recusam ser tratados como cidadãos de segunda e exigem a intervenção urgente e esclarecida do governo, visando resolver a problemática que envolve as obras de requalificação da EN 125.
Assim, e depois de termos sido confrontados com obras que nunca mais acabam, consequência directa da falta de um planeamento adequado, fomos surpreendidos, sem qualquer aviso prévio, com o encerramento do troço mais movimentado, (Fontainhas / Maritenda) até meados de Julho.
Quando tudo fazia crer que as obras iriam parar durante a época turística, ou seja, até meados de Outubro, após vários meses com obras a decorrer entre as 8 e as 18 horas, ou seja, nos períodos de maior tráfego, contrariando tudo o que é minimamente razoável em todo o mundo em circunstâncias desta natureza, impõem-nos agora o encerramento total deste troço durante dois meses e meio.
Os empresários hoteleiros e turísticos e os algarvios merecem e exigem saber a verdade que envolve as obras na EN 125, uma vez que tudo tem sido decidido nas suas costas e à margem dos interesses regionais. O secretismo em torno destas obras não pode continuar a ser um exclusivo dos deuses e de alguns privilegiados. A situação actual é não só insustentável, como intolerável e completamente inaceitável.
Para a AHETA, as obras de requalificação da EN 125, face ao caos instalado, configuram incompetência, falta de zelo e, em última análise, gestão danosa, exigindo a situação actual um rigoroso apuramento de responsabilidades, quer elas sejam por omissão, negligência, ou outras, atendendo aos elevados prejuízos que as mesmas vêm causando à população em geral e à actividade económica mais estratégica e prioritária da economia nacional – o turismo.
Por tudo isto, e tendo em vista minorar os prejuízos que esta situação vem causando e vai continuar a causar à região e ao País nos próximos meses, a AHETA considera que, em nome do interesse nacional, o governo deve suspender de imediato as obras até Outubro, assim como aprovar a implementação de uma nova estratégia de requalificação para a EN 125 ao longo da sua extensão e não apenas em alguns troços.
Para que conste, as obras de requalificação da EN 125, independentemente de serem necessárias e urgentes, são manifestamente insuficientes, não prevendo, desde logo, as circulares de Olhão, Odiáxere, Lagoa, Alcantarilha, Boliqueime e Luz de Tavira, nem a qualificação entre Olhão e Vila Real de Stº. António, havendo troços que se encontram num estado verdadeiramente deplorável.