Os hotéis e empreendimentos turísticos do Algarve geraram uma facturação bruta directa na ordem dos 750 milhões de euros em 2015, ou seja, mais 8,6 por cento do que no ano anterior, tendo os preços subido 3,1 por cento face ao período homólogo (2014).

A taxa de ocupação média quarto atingiu os 60 por cento, mais 5,5 por cento do que em 2014, tendo as dormidas totais ascendido a cerca de 17,5 milhões. O número de hóspedes atingiu, nos empreendimentos hoteleiros e turísticos registados oficialmente, os 3,5 milhões, dos quais mais de 1,06 milhões foram nacionais.

Os proveitos dos aposentos atingiram os 550 milhões de euros durante o ano e a alimentação e bebidas cerca de 200 milhões de euros no mesmo período. O rendimento médio por quarto disponível (RevPar) cifrou-se nos 38,9 euros/dia a preços correntes. Os resultados líquidos subiram 3,3 por cento, enquanto mais de 85 por cento das empresas viram a sua situação financeira melhorar relativamente ao ano anterior.

Os hotéis de 3 estrelas registaram a taxa de ocupação média mais alta (66,2%), seguidos dos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas (63,9%). A zona de Monte Gordo / Vila Real de Santo António liderou as taxas de ocupação no Algarve com 71,1%, seguida de Faro / Olhão com 64,7%, Portimão/Praia da Rocha Alvor com 61,9%, Vilamoura /Quarteira/Quinta do Lago com 61,6% e Albufeira com 61,2%.

Os turistas britânicos geraram 5 748 milhões de dormidas (32,7%), secundados pelos nacionais com 4 125 milhões (22,9%), alemães 1 917 milhões (11,2%), holandeses 1 554 milhões (9,6%) e irlandeses 927 mil (5,1%).

Em 2015, o golfe turístico gerou 1,166 milhões de voltas, ou seja, uma média de 30.807 voltas por campo (+7,4%). Os turistas estrangeiros são responsáveis por 95 por cento das voltas comercializadas (250 mil turistas/ano), tendo as receitas directas atingido cerca de 75 milhões de euros e as indirectas (alojamento, restauração, comércio, rent-a-car, etc.) à volta dos 350 milhões de euros em bens transaccionáveis.

As marinas e portos de recreio do Algarve viram aumentar, em média, o número de visitas de embarcações nacionais e estrangeiras e o Turismo Residencial deu sinais de recuperação, consubstanciado em um crescimento das transacções de imóveis efectuadas durante o ano.

O acentuar da instabilidade nos destinos turísticos concorrentes, nomeadamente na Bacia do Mediterrâneo e Magreb, a desvalorização do euro face à Libra (5,8%) e ao dólar (10%), a descida dos preços do Jet Fuel para aviões (-50% em euros e -70% em dólares desde 2013), contribuíram, decisivamente, para o aumento da procura verificado em 2015.

As perspectivas para 2016 apontam para a subida dos preços em 2,6 por cento, as taxas de ocupação em 3,8 por cento e o volume de vendas em 5,9 por cento, fazendo com que as empresas melhorem os seus resultados líquidos e financeiros em 2,2%.