Exportações fecham 2020 com quebra de 10,3%

No balanço do ano passado, as exportações de bens caíram 10,3%, em termos nominais, face ao ano anterior, atingindo 53757 milhões de euros, enquanto as importações totalizaram 68146 milhões de euros, menos 14,8% que no ano anterior. Os três principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha. O maior défice comercial manteve-se com Espanha e o maior excedente registou-se com a França, enquanto no ano anterior tinha sido com os Estados Unidos.

Receita fiscal recupera e défice cai 677 milhões de euros face a 2020

O défice das administrações públicas ficou em 4.634 milhões de euros no período de Janeiro a Setembro, menos 677 milhões de euros face a igual período do ano passado. A explicar a melhoria face a Agosto está a recuperação da receita fiscal e contributiva. Os dados publicados pelo Governo são em contabilidade pública e por isso não são directamente comparáveis com a meta política definida pelo Ministro das Finanças para este ano, que é fixada na óptica da contabilidade nacional (compromissos). Ainda assim, permitem ver uma melhoria nas contas, quando comparados com o mesmo período de 2020. Do lado da receita, o Governo diz que as medidas terão ascendido a 385 milhões de euros, destacando a isenção de taxa social única e o diferimento do pagamento de impostos.

Défice comercial emagrece em 2020 para 14,4 mil milhões de euros

As importações caíram mais do que as exportações no ano anterior, o que levou a um emagrecimento do défice da balança comercial. As exportações de bens diminuíram 10,3% face ao ano anterior atingindo os 53.757 milhões de euros. Mas as importações registaram uma queda superior (-14,8%) para os 68.146 milhões de euros. Contas feitas, a balança comercial de bens registou uma diminuição do défice de 5.686 milhões de euros face a 2019, registando um saldo negativo de 14.388 milhões de euros. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações decresceram 8,9% e as importações diminuíram 12,3% (+4,4% e +6,8%, respetivamente em 2019) e o défice reduziu 3.699 milhões de euros, atingindo 10.936 milhões de euros.

Dívida direta do Estado diminui 0,88% em Setembro para 270,5 mil milhões de euros

Esta variação ficou a dever-se, essencialmente, à redução do saldo de Bilhetes do Tesouro’. A dívida direta do Estado diminuiu 0,88% em Setembro face a Agosto, para 270.498 milhões de euros, segundo números divulgados pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública. De acordo com o IGCP, o saldo de Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo (CEDIC) aumentou em 35 milhões de euros e os saldos de Certificados de Aforro (CA) e Certificados do Tesouro (CT) registaram incrementos de 18 milhões e de 57 milhões de euros, respetivamente. Quanto às contrapartidas das contas margem recebidas no âmbito de derivados financeiros, registaram um aumento de 14 milhões de euros.

Aeroportos enfrentam novas perdas e dívidas elevadas

Em 2020, a crise e as restrições impostas nas deslocações levaram os aeroportos europeus a perder 12 mil milhões de euros. Os aeroportos europeus viram a sua dívida aumentar 200% em relação aos níveis anteriores à pandemia e muitos vão registar de novo perdas importantes este ano. Durante o primeiro semestre de 2021, os aeroportos europeus registaram um recuo de 65% no seu volume de negócios em relação ao mesmo período de 2019, um agravamento em relação aos primeiros seis meses de 2020 (-52%), que só foi parcialmente afetado pela pandemia de covid-19, indicou a ACI Europa. Segundo cálculos da organização, que representa mais de 500 equipamentos de 55 países, o número de passageiros que transitam por estas instalações deve ficar 60% abaixo do registado em 2019 e 32% em 2022, só regressando aos níveis anteriores à crise sanitária no início de 2025.