Pagamentos em atraso aumentam até Agosto para 623,7 milhões

No final de Agosto os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 623,7 milhões de euros, o que representou um aumento de 67,3 milhões de euros relativamente ao período homólogo e uma diminuição de 283,5 milhões de euros face ao final do mês anterior, indica a Direção-Geral do Orçamento (DGO). A evolução homóloga é sobretudo explicada pelos Hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial), que registaram um aumento de 101,4 milhões de euros, que foi atenuado pela diminuição de 36,8 milhões de euros na Administração Regional. Os pagamentos em atraso são dívidas que estão por pagar há mais de 90 dias.

Pandemia tirou 840 mil milhões ao turismo mundial

Ao fim de pouco mais de um ano e meio de pandemia, o turismo permanece muito aquém dos níveis que se registavam em 2019. Aos poucos, o sector vai dando sinais de retoma, mas esta é desigual entre os vários destinos. Portugal ficou mal na fotografia até Maio deste ano. Entre Janeiro e Maio deste ano, contabilizaram-se cerca de 77 milhões de chegadas turísticas internacionais em todo o mundo, menos 85% do que em igual período de 2019. Menos mil milhões de chegadas internacionais, 840 mil milhões de euros de receitas turísticas perdidas, 120 milhões de postos de trabalho que deixaram de existir. Em pouco mais de um ano e meio, a pandemia virou do avesso o turismo mundial. Os números impressionam pela dimensão, mas, pouco a pouco, o sector dá sinais de estar a recuperar, embora com ritmos diferentes.

Mais de 30% dos portugueses poupa dinheiro para viajar

Mais de 30% dos portugueses apontaram as viagens como o principal motivo para poupar dinheiro, quando em 2019, antes da pandemia de covid-19, eram 31%, concluiu um estudo da Intrum. Quando comparado com a média europeia (41%) ou Espanha (40%), Portugal fica a uma distância de sete e seis pontos percentuais, respetivamente. O estudo concluiu que as famílias sem filhos (37%) são quem mais poupa para viajar em comparação com as famílias com filhos (26%). O relatório anual baseia-se num inquérito externo realizado simultaneamente em 24 países na Europa, entre os quais Portugal, com um total de 24.198 consumidores participantes na edição de 2020.

Irlanda não quer ser olhada como um paraíso fiscal, mas insiste num IRC de 12,5%

A Irlanda garante que não quer ficar à margem do acordo internacional para estabelecer uma taxa mínima de imposto de 15% sobre as empresas, mas propõe um modelo híbrido, no qual mantém o direito a taxar a 12,5% em determinadas situações. A proposta da Irlanda é manter uma taxa de imposto de 12,5% para as empresas domésticas e também sobre aquelas cujas receitas anuais não ultrapassem os 750 milhões de euros. Os 140 países que estão envolvidos nestas discussões vão reunir-se a 8 de Outubro para aprofundarem os termos do acordo internacional. Os Estados Unidos têm sido impulsionadores deste acordo (e vão ser os grandes beneficiários) tendo vindo a pressionar o ministro das Finanças irlandês de forma que este país ceda, e integre o acordo.

TAP vendeu centenas de milhões de euros em voos cancelados

A companhia recebeu 657 milhões de euros em bilhetes para voos que ainda não se realizaram, mas que vai ter de fazer. A maior parte são viagens canceladas que irão continuar a penalizar as contas. Redução abrupta dos trabalhadores está a provocar danos na relação com os clientes. Várias horas à espera de atendimento telefónico e mais horas na fila do único balcão da TAP no aeroporto de Lisboa têm deixado os clientes da companhia de cabelos em pé. A TAP está a ser vítima do elevado cancelamento de voos devido às restrições provocadas pela pandemia — por vezes de forma inesperada —, mas também da redução abrupta de trabalhadores no serviço ao cliente, devido ao emagrecimento imposto por um plano de reestruturação que aguarda ainda luz verde de Bruxelas. Uma tempestade perfeita que está a provocar danos na relação com o cliente.