Moratórias estão na recta final

Se as famílias não conseguirem pagar, têm 90 dias, ou seja, até ao final de Dezembro para encontrar uma solução antes de avançarem medidas mais drásticas. Entretanto, o Banco de Portugal (BdP) divulgou os últimos dados: o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 36,8 mil milhões de euros, menos 0,7 mil milhões do que em Junho. Esta variação resulta do decréscimo tanto dos empréstimos concedidos a particulares como a sociedades não financeiras, que diminuíram 0,2 e 0,5 mil milhões de euros, respetivamente. Os empréstimos das sociedades não financeiras em moratória decresceram em todos os sectores de atividade, totalizando, no final de Julho, 21,8 mil milhões.

Principais bancos europeus têm lucros anuais de 20 mil milhões de euros em paraísos fiscais

Os 36 maiores bancos na Europa guardam, anualmente, quase 20 mil milhões de euros dos seus lucros em paraísos fiscais, o que equivaleria a pelo menos três mil milhões para os países perante um imposto mínimo de 15%. Em causa estão bancos como HSBC, Barclays, Banco Santander, BBVA, Deutsche Bank, BNP Paribas e ING, num total de 13 dos 36 analisados que operam em Portugal. Os lucros reservados pelos bancos em paraísos fiscais são anormalmente elevados: 238 mil euros por empregado, em oposição a cerca de 65 mil euros em países que não têm paraísos fiscais, indica o Observatório Fiscal da EU.

Função pública. Contratações não param de aumentar e atingem recordes

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para um aumento de 209 mil empregos na economia portuguesa, o que representa uma subida de 4,5%, o que é “a maior destes novos registos do INE, que remontam a 2011 e 2012”. E, para estes números contribuíram, em especial, as contratações na Função Pública, onde o emprego disparou 17% no segundo trimestre do ano, o que constitui um recorde desde que há registos. A maior parte das contratações surgem na educação (+7.123, em termos homólogos), na saúde (+4.575) e na defesa nacional (+1.509).

Número de desempregados recua 9,5% em Julho

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou em Julho 9,5% em termos homólogos e 2,4% face a Junho, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). De acordo com o IEFP, no fim de Julho, estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 368 704 desempregados, um número que representa 66,5% de um total de 554 797 pedidos de emprego. A nível regional, no mês de Julho, o desemprego registado, em termos homólogos, aumentou apenas na região da Madeira (+1,7%). As restantes regiões registaram ‘decréscimos significativos’ do desemprego, com o Algarve a registar a descida mais acentuada (-21,5%). Face a Junho, o desemprego registado desceu em todas as regiões, com as reduções ‘mais expressivas’ a ocorrerem no Algarve (-10,5%) e no Centro (-2,7%). Em termos sectoriais, o desemprego oriundo do sector do alojamento e restauração diminuiu 5,4% em cadeia e 19,1% em termos homólogos.

Paraísos fiscais comunicaram quase 27 mil aplicações financeiras às finanças

Há mais estrangeiros com dinheiro cá do que portugueses com dinheiro lá fora. Mais de metade dos offshores na ‘lista negra’ do Fisco aderiram à troca automática de informações e, nos últimos anos, já subiram para 35 os que fizeram chegar dados bancários às autoridades portuguesas. Hong Kong, ilha de Man, Guernsey, Gibraltar e Emirados Árabes Unidos foram, por esta ordem, os paraísos fiscais que mais informação partilharam com Portugal. No ano passado, a Autoridade Tributária (AT) recebeu do exterior informações sobre 1,6 milhões aplicações financeiras (contas bancárias, mas não só) que os portugueses (ou estrangeiros residentes cá) têm lá fora, noutras jurisdições. Em sentido contrário, enviou para o estrangeiro dados de 2,7 milhões de contas que os não residentes têm cá.