Um resumo desta história pode fazer-se em algumas palavras: 23,8 mil milhões de euros depois, ainda há 23,4 mil milhões de euros por resolver. No final de Junho, eram 23,4 mil milhões de euros os activos considerados não produtivos, de acordo com dados do Banco de Portugal. O valor é praticamente idêntico aos 23,8 mil milhões de euros que, ao longo de 12 anos, o Estado português foi colocando nas instituições nacionais. Este é o crédito bruto considerado não produtivo, sem ter em conta as imparidades já constituídas pelos bancos que, na prática, serviram para reconhecer em antecipação as perdas futuras previstas. Com as imparidades, o montante baixa para 11,2 mil milhões de euros, ou 4% do crédito total. Assim, o rácio de cobertura de malparado por imparidades é de 52,2%.