Segurança Social: mais de 20% das dívidas em execução não existem ou prescreveram

Mais de um quinto dos valores de dívida participados para execução pelo Instituto de Segurança Social acabam anulados ou declarados prescritos, num volume preocupante e que ficará aquém da realidade, segundo um relatório da Provedora de Justiça sobre aquele que é o motivo de queixas apresentadas ao órgão do Estado encarregado de zelar pelos direitos dos cidadãos. Os valores que entram em processo de execução indevidamente – 300 milhões de euros em 2017 e 210 milhões em 2018 – são apenas parte de uma extensa lista de problemas nas execuções fiscais levadas a cabo pela Segurança Social. Nesta, abundam exemplos de ilegalidades, “alheamento” da lei e dos direitos dos cidadãos.

Segurança Social deixou de encaixar 500 milhões com isenções e reduções de contribuições

A Segurança Social deixou de encaixar cerca de 500 milhões de euros devido à isenção e reduções de contribuições previstas nas medidas de apoio à manutenção do emprego – lay-off simplificado e apoio subsequente – que permitiram às empresas em dificuldade com trabalhadores em horário reduzido reduzirem os encargos com Taxa Social Única desde Abril. As diversas medidas extraordinárias de resposta à pandemia implicaram uma despesa da ordem dos dois milhões de euros, abrangendo 2,2 milhões de pessoas e 150 mil empresas, incluindo 895 mil trabalhadores abrangidos pelo mecanismo de lay-off simplificado.

Portugal acusado de “proteger evasores fiscais” por bloquear lei europeia

Portugal foi um dos países que tentaram bloquear a diretiva europeia que pretende obrigar as gigantes digitais como a Google, o Facebook, a Amazon ou a Apple a revelar quantos impostos pagam sobre que rendimentos e em que países ou jurisdições offshore o fazem. Uma proposta que, segundo a Comissão Europeia, “ajudará a examinar o comportamento fiscal das empresas multinacionais” e “encorajá-las-á a pagar impostos onde obtêm lucros”. Tal como a Suécia, o Executivo de Lisboa estava a impedir que a legislação fosse a votos com o argumento de que não bastaria uma maioria no Conselho Europeu por esta ser uma alteração fiscal, sendo preciso haver unanimidade.

Inflação recua na zona euro e na União Europeia em Setembro

Portugal (-0,8%) registou a sexta taxa de inflação mais baixa, entre os doze países que registaram uma variação negativa. A taxa de inflação anual recuou para -0,3%, na zona euro, e para 0,3%, na União Europeia (UE), em Setembro. A inflação anual na zona euro manteve-me num nível negativo pelo segundo mês consecutivo, comparando com os -0,25% de Agosto. Em termos homólogos de 2019, compara com os 0,8%. Já na UE a inflação decresceu para os 0,3%, o que compara com os 0,4% registados em Agosto. Em termos homólogos, a inflação compara com 1,2%. A inflação anual recuou em 13 países, manteve-se estável em sete e subiu noutros sete. Grécia (-2,3%), em Chipre (-1,9%) e na Estónia (-1,3%) e as mais altas na Polónia (3,8%), na Hungria (3,4%) e República Checa (3,3%), registaram as taxas de inflação mais baixas.

Portugal entre principais beneficiários da UE de verbas para PME com 5 mil milhões de euros

Portugal é dos principais beneficiários da União Europeia (UE) do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) para pequenas e médias empresas, tendo recebido cerca de cinco mil milhões de euros nos últimos sete anos, segundo o Tribunal de Contas Europeu. Do montante total do FEDER destinado às PME, que é de perto de 55 mil milhões de euros durante o período orçamental de sete anos em curso (2014-2020), Portugal é um dos países da UE que mais beneficia, de acordo com a antevisão da auditoria.

Governo lança mais 6 mil milhões em linhas de crédito, empresas queriam medidas fiscais

O Governo vai lançar novas linhas de crédito garantido pelo Estado no próximo ano, até um máximo de 6 mil milhões de euros, mas as empresas fogem a contrair mais dívida. Pelo contrário, defendem a redução da carga fiscal, de forma a incentivar o consumo e a competitividade, e a introdução de instrumentos de capitalização, nomeadamente com recurso aos fundos europeus.