Em Fevereiro de 2017, o universo político e mediático em Portugal agitou-se com a revelação de que, entre 2011 e 2014, tinham sido transferidos quase 10 mil milhões de euros para contas com sede em paraísos fiscais que não foram alvo de qualquer tratamento por parte do Fisco, embora tivessem sido comunicados à Administração Tributária (AT) pelas instituições financeiras. Mais de metade dos 10 mil milhões de euros de transferências para offshores que não apareciam nas estatísticas entre 2011 e 2014 foram declarados pelo Banco Espírito Santo (BES), tendo sido os montantes enviados nos dois anos anteriores à resolução do banco. O BCP surgia em segundo lugar no que toca a estes montantes transferidos e que escaparam ao radar da máquina fiscal.