A execução orçamental em contabilidade pública das Administrações Públicas (AP) registou até Agosto um défice de 6147 milhões de euros. Trata-se de um agravamento em resultado da pandemia de 6552 milhões face ao período homólogo pelo efeito conjunto de contração da receita (-6,6%) e de crescimento da despesa (4,9%). As medidas extraordinárias de política de apoio às famílias e empresas justificam uma degradação adicional do saldo de, pelo menos, 2478 milhões. “Por via da quebra de receita (-581 milhões), refletindo os impactos da prorrogação das retenções na fonte (IRC e IRS) e pagamento do IVA, bem como da suspensão de execuções da receita e das medidas de isenção ou redução da taxa contributiva e do lado do crescimento da despesa (1 897 milhões), associado às medidas de layoff (822 milhões), aquisição de equipamentos na saúde (374 milhões), outros apoios suportados pela Segurança Social (377 milhões) e no âmbito do incentivo extraordinário à normalização (91 milhões).