Endividamento da economia atinge valor recorde de 757,5 mil milhões de

O endividamento da economia voltou a atingir um valor recorde no mês de Maio. Assim, a dívida das famílias, empresas e Estado cresceu quatro mil milhões de euros face ao mês anterior, para os 757,6 mil milhões de euros. Os dados foram avançados pelo Banco de Portugal que justifica a subida com os “aumentos de 2,5 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,5 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”. Do valor final, 346,4 mil milhões de euros diziam respeito ao setor público e 411,1 mil milhões de euros ao setor privado.

Défice externo diminuiu, mas turismo continua a penalizar

Nos primeiros cinco meses deste ano, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em -986 milhões de euros, o que compara com -1746 milhões de euros no mesmo período de 2020, indicam os dados do Banco de Portugal. O défice externo da economia portuguesa encolheu em 43,5% nos primeiros cinco meses deste ano face a igual período de 2020. É isso que indicam os dados do Banco de Portugal (BdP) relativos à balança de pagamentos. O BdP nota que a diminuição do excedente da balança de serviços foi maioritariamente justificada pela ‘descida acentuada do saldo da rubrica de viagens e turismo, no montante de 1116 milhões de euros’. Olhando para o turismo, o BdP indica que em Maio o saldo das viagens e turismo registou um aumento de 182 milhões de euros.

Cada família gastou 1925 euros de energia em 2020

O consumo total de energia no sector doméstico foi de 4. 895.423 tep (tonelada equivalente de petróleo) em 2020, sendo que o consumo de energia nos veículos utilizados no transporte individual dos residentes no alojamento representou 45,6% do total (50,6% em 2010). O consumo global de energia por alojamento foi de 1,146 tep, incluindo o consumo nos transportes (1,501 tep em 2010), revelam os dados do INE. De acordo com os mesmos dados, a despesa global com energia por alojamento foi de 1 925 euros, incluindo a despesa com combustíveis dos transportes (1 843 euros em 2010). E refere que a eletricidade continua a ser a principal fonte de energia consumida no alojamento (46,4%; 42,6% em 2010), seguida da biomassa que representou 18,4% do total (24,2% em 2010). O consumo de Gás natural teve um peso de 12,4% (9,0% em 2010).

Empresas ‘mãe’ com sede no estrangeiro passam a responder por créditos laborais

As sociedades mãe com sede no estrangeiro respondem pelos créditos laborais das empresas portuguesas nas quais tenham capital maioritário. Embora a lei diga o exato contrário disto – que só as ‘sociedades com sede em Portugal’ são responsabilizáveis pelos créditos – o Tribunal Constitucional acaba de declarar que esta norma é contrária à Constituição, por violar o princípio da igualdade. O acórdão dos juízes do Palácio Raton surge após três declarações de inconstitucionalidade, pelo que deixou de ser meramente indicativo e ganha agora força obrigatória.

Investimento imobiliário regista quebra de 70% no primeiro semestre

O investimento imobiliário de rendimento perfez um total de 530 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que representa uma queda de 70% face ao semestre homólogo do ano passado. De acordo com os dados divulgados pela consultora CBRE. Do total investido durante a primeira metade do ano, 40% (210 milhões de euros) foi canalizado para ativos de escritórios, 31% (165 milhões de euros) para imóveis residenciais de arrendamento e 14% (75 milhões de euros) para retalho. Neste sentido, aponta para um “intervalo de volume total de investimento em 2021 entre 1.700 e 2.700 milhões de euros”, estando envolvida em 90% do volume de investimento estimado para o segundo semestre.